Uma jovem que nasceu com um pé torto tomou a dolorosa decisão de ter a perna amputada para que ela pudesse usar salto alto pela primeira vez.

Nascida com a perna esquerda torcida, Mariah Serrano, de 21 anos, foi informada pelos médicos que sua condição significava que ela nunca iria usar salto alto ou ser capaz de realizar seu sonho de ser modelo.

Determinada, a jovem, de Nova York, decidiu remover cirurgicamente a metade inferior de sua perna e substituí-la por uma prótese.

Agora, ela pode usar todos os tipos de calçados, incluindo saltos altos e sandálias. “Foi difícil me acostumar com os saltos altos, mas mesmo meninas sem problemas nos pés e nas pernas tem que aprender a usar saltos pela primeira vez. Eu nunca me senti tão glamourosa ou poderosa.”

“Quando me disseram que eu nunca seria capaz de usar salto alto e que eu deveria desistir do meu sonho de modelo, fiquei arrasada. “O especialista disse que não havia outra opção. Mamãe ficou horrorizada, mas não consegui tirar essa ideia da minha cabeça”, revela a jovem.

Na maioria dos casos, o pé torto é corrigido na infância por órtese ou cirurgia, mas Serrano decidiu resolver seu problema aos 16 anos de idade, e apesar de cinco operações, sua condição permaneceu a mesma.

“Eu estava doente e cansada de usar muletas. Além disso, um pé era muito menor do que o outro, os sapatos eram um problema real”, disse Serrano.

“Eu fui forçada a usar muletas no meu baile de formatura do ensino médio, quando eu tinha 17 anos. Eu não pude deixar de sentir ciúmes das minhas amigas que estavam usando saltos.”

Em abril de 2009 ela consultou-se com um especialista que falou para ela sobre as opções de amputação. “Pela primeira vez eu comecei a pensar que eu poderia realmente ir até o fim, mas eu ainda estava aterrorizada”, conta a jovem.

“Até que eu li um artigo sobre o meu estilista favorito, Alexander McQueen, que tinha feito um par de pernas protéticas para a atleta Aimee Mullins, e eu soube o que tinha que fazer”, concluiu.

“Eu percebi que uma prótese muito bem trabalhada poderia ser boa. Eu coloquei isso na minha mente. Naquele momento eu escolhi cortar minha perna”.

A mulher passou por cirurgia no verão de 2009, em seu pós-operatório houve algumas complicações no estágio final da ferida que custou para curar, o que levou a momentos de arrependimento. “Eu me perguntava o que diabos eu tinha feito. Eu não saía de casa e não queria que meus amigos viessem para me ver. Foi muito difícil.”

No inverno, a ferida tinha melhorado e foi dado à ela o seu primeiro par de saltos como um presente de sua mãe Patricia, seu pai Emilio, as irmãs Isabella e Fiona e o irmão Mason.

“Eles eram brancos e lindos. Quando eu os usei pela primeira vez sabia que tinha feito a coisa certa.”

Pouco depois de sua operação, Serrano conseguiu um emprego na grife de moda top Betsey Johnson. Ela agora trabalha como gerente de mídia social na indústria da moda e possui 10 pares de sapatos de salto alto.

“Escolher ter minha perna cortada foi a coisa mais difícil que eu já fiz. Eu ainda acordo às vezes e me pergunto onde ela está.”

“Eu já saltei para fora da cama, esquecendo-me de que não tenho mais a minha perna, e caí. Ainda é algo que eu estou me acostumado.”

“Aprendi a não levar a minha prótese muito a sério. Meus amigos estão sempre brincando com a minha perna falsa.

“Às vezes eu me sinto constrangida, mas a minha prótese me deu muito mais confiança e me ajudou a alcançar a vida que eu queria.”




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