Fungo amazônico que come plástico pode ser esperança ambiental
Postado por Samuel em 3 de fevereiro de 2012
Pra você que infelizmente não está muito convencido da importância de proteger a biodiversidade de florestas, aqui vai mais um argumento a favor: estudantes da Universidade de Yale, EUA, descobriram um fungo amazônico que pode comer os resíduos mais duráveis de nossos aterros: o poliuretano.
Foi durante uma expedição científica ao Equador, os universitários perceberam que o fungo tinha a capacidade de decompor o plástico. Este plástico é um dos compostos químicos encontrados em muitos, vários produtos modernos, como em mangueiras de jardim a embalagens.
Esse material o mais usado na fabricação de embalagens plásticas é valorizado por sua flexibilidade e rigidez ao mesmo tempo. O problema é que, como muitos outros polímeros, ele não se quebra facilmente. Isso significa que persiste em aterros e lixões de todo mundo por muito tempo.
O plástico pode até queima muito bem, mas esse processo libera monóxido de carbono e outros gases na atmosfera, por isso é uma impossibilidade ambiental. E assim nem precisamos destacar que algo que pode degradá-lo naturalmente seria uma solução bem melhor.
O fungo, chamado Pestalotiopsis microspore, consegue sobreviver com uma dieta de apenas poliuretano, em um ambiente anaeróbico.
A equipe de Yale isolou a enzima que permite que este fungo faça esse trabalho e que poderia ser usada para biorremediação.
Para alguns, pode ser estranho pensar em um microorganismo que coma material sintético durável, mas acredite, esse não é o primeiro a fazer isso. Existem muitas bactérias e fungos que são capazes de quebrar muitos materiais. Uma espécie bacteriana (Halomonas titanicae) está comendo o Titanic no fundo do mar, por exemplo. Ainda bem que podemos contar com tais criaturas com capacidades incríveis.