Empresa presta seus serviços com funcionários nus
Postado por Samuel em 5 de março de 2012
Sua casa está precisando de alguns reparos, e você não sabe quem chamar para resolver esses problemas, conheça a Naked Cleaning e descubra um jeito diferente que seus profissionais trabalham.
A empresa sul-africana Naked Cleaning, fundada em janeiro deste ano, presta serviços com funcionários nus. E até agora a iniciativa tem dado certo, principalmente entre os que tem alto poder financeiro.
“Nosso maior público não é o sul-africano, mas pessoas muito bem-sucedidas: médicos, executivos e advogados em busca de entretenimento”, relata o fundador da empresa Jean Paul Reid, de 29 anos.
Os preços variam de R$ 45 a R$ 140 por hora, em um país onde o salário mínimo gira na casa dos R$ 370 e quase metade da população vive abaixo da linha da pobreza (segundo dados da Central de Inteligência Americana).
Para atender sua clientela da alta sociedade a Naked Cleaning oferece uma vasta gama de serviços: faxineiros, cozinheiros, dançarinos, advogados, encanadores e contadores são alguns dos profissionais disponíveis para trabalhar total ou parcialmente nus.
Se engana quem pensa que são só os homens que desfrutam dos serviços. Boa parte da clientela é composta de mulheres. O que faz mais sucesso entre o público feminino é a opção do faz-tudo, quase um “marido de aluguel”,aquele que vai a casa e resolve qualquer problema técnico.
Reid explica como funciona. “As pessoas nos contatam pelo site e especificam o serviço que desejam”, diz, antes de acrescentar: “no caso de um advogado, por exemplo, não oferecemos alguém para poder representar o cliente numa corte, mas que pode dar conselhos legais e oferecer soluções para problemas específicos pelo qual ele esteja passando”.
Adriaan, de 26 anos, trabalha na empresa e sonha em ser ator, mas enquanto a carreira não deslancha, ele bate o ponto na Naked Cleaning e é um dos funcionários mais versáteis. “Sou um instrutor de ritmos latinos e dança de salão, mas também trabalho como barman, limpador de piscina, garçom, faço um pouco de tudo”.
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O primeiro trabalho de Adriaan na empresa foi preparar o banquete de uma despedida de solteira, seminu. O teste de fogo viria depois, em seu segundo chamado, quando teve que trabalhar completamente sem roupa. “Estava extremamente nervoso, não sabia o que esperar”, relata.
O nervosismo inicial, no entanto, foi logo superado. “Ao fim do dia é só um trabalho, como qualquer outro. Desde que seja bom, limpo e divertido não há problema algum”, atesta.
Reid garante que não há nenhum tipo de envolvimento sexual, o que é explicado claramente aos interessados no momento do primeiro contato. “Somos uma empresa profissional, nossa idéia é adicionar um pouco de diversão a alguns serviços. Eu sou um contador, sei como podem ser chatas essas questões contábeis. Estando nu, tudo fica mais legal”.
Adriaan conta que, na maior parte das vezes, seus serviços são solicitados por casais em busca de uma experiência fora do comum. “É puro entretenimento. Algo diferente do cotidiano”, diz. Segundo ele, até o momento nenhum cliente confundiu o serviço, fazendo qualquer tipo de proposta sexual.
Essa idéia de apimentar os serviços domésticos não é nova. Desde o início dos anos 2000, diversas companhias do gênero pipocaram nos Estados Unidos e, principalmente, no Reino Unido. Nooks & Channys , Got It Maid e Kinky Staff são apenas alguns lugares onde o serviço de uma faxineira ou diarista que trabalha sem roupa, é oferecido. A originalidade da Naked Cleaning está na variedade de ofertas.
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“Qualquer serviço que você precisar, terá uma pessoa nua podendo oferecê-lo”, garante Reid. Além de serviços profissionais, é possível contratar os membros do ‘staff’ para sessões de massagem ou de jogos como strip poker ou Twister.
E ainda desde que o contratante se comporte, pode ficar sem roupa também.
Depois de se formar como contador na Universidade da África do Sul, a maior e mais tradicional do continente, Jean Paul Reid trabalhou em diversas empresas na área. Desde o ano passado, no entanto, estava desempregado, vendeu tudo para se sustentar, e não via muitas esperanças no futuro. Foi ai que a idéia surgiu. “Vinha tentando de tudo e nada dava certo. Comecei a procurar por algo diferente, único, quando percebi essa brecha no mercado”, conta.
Nas primeiras semanas as coisas não iam tão bem, em pouco tempo o negócio começou a engrenar. “No início tínhamos, quando muito, um cliente por dia. Hoje, chegamos a atender oito pessoas todos os dias”.
Com dinheiro no bolso e sua empresa crescendo cada vez mais Reid conta os dias para a chegada de 2014, quando pretende embarcar em uma viagem. “Quero muito ir ao Brasil para a Copa do Mundo”, diz antes de finalizar: “quem sabe não levo o serviço para lá?”.