Ele sobreviveu 2 dias no fundo do mar e diz ter ouvido peixes comendo corpos de amigos
Postado por Rudney em 14 de junho de 2013
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O nigeriano Harrison Okene, de 29 anos, sobreviveu dois dias e meio no no fundo do mar, preso a 30 quilômetros da costa da Nigéria.
Okene estava no rebocador “Jascon-4”, quando chuvas fortes atingiram o navio que naufragou no oceano Atlântico. No entanto, o cozinheiro permaneceu vivo dentro de um banheiro da embarcação, respirando graças a um “bolsão de ar”,que se formou na hora do afundamento.
“Eu estava lá na água em total escuridão e tinha certeza de que era o fim. Fiquei pensando que a água ia encher a sala, mas isso não aconteceu. Eu estava com fome, mas acima de tudo, muita sede, a água salgada tirou a pele da minha boca”, contou o rapaz, que revelou também que outras partes da sua pele estavam descascando após dias de imersão na água salgada.
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“Eu percebi que os corpos dos meus companheiros do navio estavam próximos de mim. Eu podia sentir o cheiro deles. Vieram peixes e começaram a comer seus corpos. Eu ouvia tudo”. Foi um horror.” disse Okene.
Uma equipe de mergulhadores foi enviada pelos proprietários do navio, para procurar sobreviventes do naufrágio.
Até que na tarde seguinte ao acidente, Okene ouviu um som estranho. “Ouvi um martelo batendo no navio. Bum, bum, bum! Nadei para baixo e encontrei um dispensador de água. Puxei o filtro de água e martelei o lado do navio esperando que alguém me ouvisse. Então, o mergulhador me ouviu.”
Mais de 60 horas depois do navio ter afundado, os mergulhadores entraram no navio e Okene viu a luz de uma lanterna, presa à cabeça de alguém que nadava em sua direção. Eles então colocaram um capacete e uma máscara de oxigênio no único sobrevivente, para que ele conseguisse chegar à superfície.
Apesar de sua história ser praticamente um “milagre”, Okene diz que tem pesadelos e não sabe ainda se voltará ao mar.
“Quando estou em casa, às vezes parece que a cama em que eu estou dormindo está afundando. Acho que ainda estou no mar novamente”, conta o nigeriano.
“Eu não sei o que impediu a água de encher o cômodo. Eu só fiquei chamando por Deus. Ele me protegeu. Foi um milagre.”