Peixe bizarro aparece em praia de Santos e atrai curiosos
Postado por Matheus Azevedo em 22 de outubro de 2013
Nesta segunda feira dia 21/10/2013 foi encontrado na areia da praia de Santos, no litoral de São Paulo, um peixe de aparência estranha, no minimo bizarro. O espécime, foi fotografado por um banhista e atraiu a atenção de curiosos que passavam pelo local, ele foi identificado como um peixe-morcego. Além desse peixe, milhares de outros peixes apareceram mortos após o incêndio de grandes proporções que atingiu seis terminais de açúcar do cais santista na última sexta-feira (dia 18/10/2013), mas a relação do acidente com a mortandade de espécies marinhas ainda não foi comprovada.
Segundo a professora de Oceanografia do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte) e diretora do Projeto Biopesca, e também bióloga Carolina Pacheco Bertozzi, o incêndio pode não ter sido o único responsável pelo aparecimento do peixe. “A espécie é relativamente comum na Baixada Santista, sendo capturada como fauna acessória na pesca de arrasto. Por não possuir importância econômica, os exemplares de peixes-morcegos capturados são devolvidos ao mar, muitas vezes já mortos, o que pode ter ocasionado o aparecimento deste exemplar na praia”, disse. O peixe-morcego que tem como nome científico Ogcocephalus vespertilio, da família Ogcocephalida, estava na praia do bairro Aparecida.
De acordo com a bióloga, o peixe-morcego pode chegar a 30,5 centímetros de comprimento, é encontrado no Norte do Brasil até a foz do Rio da Prata, na Argentina. “O peixe-morcego é um predador noturno, que se alimenta no fundo do mar de pequenos invertebrados, como camarões, pequenos caranguejos, siris, vermes poliquetas e outros. Durante o dia, permanece escondido entre as rochas, saindo à noite em busca de suas presas, ‘andando’ sobre as suas nadadeiras pares (peitorais e pélvicas) modificadas”, explica.
A relação do incêndio no Porto de Santos com a mortandade de peixes, ainda não está comprovada. A companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fez coletas de alguns peixes e da água do mar em quatro pontos do estuário, a previsão é que saia o laudo em uma semana que indicará o que realmente aconteceu. Proprietária de seis terminais atingidos pelo incêndio, a Copersucar, por meio de nota, já entrou em contato com a Cetesb para avaliar a situação.